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A relação de leitura e educação no Brasil



A relação entre leitura e educação no Brasil possui uma trajetória marcada por desafios e avanços ao longo da história. Durante o período colonial, a educação era elitizada e restrita, com o acesso à leitura limitado principalmente aos membros da Igreja e da nobreza. A literatura e a educação formal eram ferramentas de controle social, destinadas a manter a ordem e a obediência.

Com a Independência em 1822, houve um movimento para democratizar a educação, mas a leitura ainda era um privilégio. O advento da República, em 1889, trouxe a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que buscava ampliar o acesso ao ensino. Apesar disso, a alfabetização e o hábito de ler continuam a ser um desafio, especialmente nas regiões mais pobres do país.

No século XX, iniciativas como a Campanha de Alfabetização e a criação de bibliotecas públicas começaram a estimular a leitura como parte essencial da formação do cidadão. O movimento da leitura ganhou força com a proposta de que a educação não se limitasse ao ensino formal, mas também incluísse o incentivo à leitura como prática cultural.

A partir dos anos 2000, com a implementação de políticas públicas voltadas para a educação e a promoção da leitura, como o Programa Nacional do Livro Didático e o PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola), houve um aumento significativo no acesso a livros e materiais literários. No entanto, os desafios persistem, especialmente em relação à qualidade do ensino e à formação de leitores críticos.

Em síntese, a relação entre leitura e educação no Brasil é complexa e reflete as desigualdades sociais e culturais do país. Embora tenha avanços significativos, a construção de uma sociedade de leitores ainda requer esforços contínuos e integrados para garantir que todos tenham acesso ao conhecimento e à cultura.

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